Na verdada eu ia postar sobre um dos meu livros favoritos (da minha companheira de leitura Mayra também), Lost Boys. Mas com a pesquisa acabei encontrando por trás desse livro uma história interessante e tenho que compartilhar.
"Yaroslav Slava Mogutin, nasceu no dia 12 de Abril de 1974, na cidade industrial de Kemorovo, Sibéria - antiga União Soviética. Na adolescência, Slava foi viver para Moscow, onde iniciou sua carreira como jornalista aos 18 anos de idade. Aos 21 já era bastante conhecido pelos seus textos controversos e poesia subversiva. Começou a ser perseguido e ameaçado de morte pelas coisas que escrevia e principalmente pela sua orientação sexual, considerada como crime. Foi vítima de uma campanha homofóbica contra ele, na mídia conservadora, manipulada pelo gabinete de censura do presidente Boris Yeltsin. Veio a ser a primeira personalidade gay na mídia russa.
Procurado e interrogado pela KGB, foi proibido de possuir passaporte e abandonar a Rússia. Foi acusado de atentado ao pudor, desprezo as normas gerais da moral; desordem social, nacional e religiosa; propaganda de violência brutal, patologia psíquica e perversão sexual. Foi alvo de 3 processos criminais, com uma possível sentença de prisão mínima de 7 anos. Seu julgamento final foi transmitido na TV pública russa.
Viu-se forçado a sair do país. Em 1995, vai para Nova York a convite da Universidade de Columbia, pedindo asilo político aos E.U.A., apoiado pela Amnistia Internacional e PEN American. Tornou-se o primeiro russo a libertar-se da perseguição por orientação sexual.
Os livros com as obras de Slava começaram a aparecer e, rapidamente, se esgotaram. Mogutin escreveu ao todo 7 livros. Ganhou o Andrei Belyi Prize, um dos mais prestigiados prémios de literatura na Rússia. Seus poemas, obras de ficção, reportagens e entrevistas apareceram em inúmeras publicações e antologias em diversos idiomas, como inglês, alemão, italiano, polaco, japonês e outros.
Depois de 5 anos de exílio, Slava regressou a Rússia em Maio de 2000 e foi esmagado pela atenção dos media, seguidores de culto literário e antigas ameaças de morte.
Slava Mogutin começa a fotografar com câmaras descartáveis, inspirando-se em cenas do seu quotidiano (viagens, relacionamentos, encontros.), pouco tempo depois de emigrar, como forma de ilustrar o que escrevia quando adolescente. Em 2004, a Galeria Luís Serpa, em Lisboa, exibiu algumas obras de Mogutin. E a assinar editoriais e projetos artísticos em diversas publicações, incluindo Visionaire, i-D, BlackBook, Préf, Vogue Russia, Flaunt, The Face, Attitude, Índex, Neo2, Purple Sexe, Time Out, V, ButMag, Playgirl, Tétu and Stern.
Também em 1999 começa a trabalhar como ator pornô, no filme Skin Flick, de Bruce LaBruce. Em 2004 participa no filme independente de Laura Colella, Stay Until Tomorrow.
Seu trabalho fotográfico começou com umas fotos fetichistas para a revista pornô Honcho. Tema base: Leather, uniformes e roupa de esporte.
Ele não gosta de usar modelos profissionais, pois acha essencial ter uma relação pessoal, de modo a obter bons retratos, com uma história, um carácter, emoções e movimentos reais.
Suas fotografias nunca são tiradas em estúdio. São sempre momentos reais, em cenários reais, e quase sempre com câmaras instantâneas e descartáveis. Nada encenado ou forçado. Mesmo quando fotografa para revistas, prefere trabalhar sem produtores, cabeleireiros ou maquilhadores. “São sessões divertidas, tendo a câmera como peça do jogo, mas não a parte principal. “
Sentem-se algumas ligações entre Slava Mogutin e fotógrafos como Nan Goldin, Wolfgang Tillmans – a forma de expôr as imagens, sem molduras, apenas fotos coladas em composições geométricas – e Terry Richardson – ao tentar forçar os limites da moda, o erotismo e a pornografia, acabando por levar material hardcore em revistas mainstream.
Em 2006, lança a sua primeira monografia titulada Lost Boys. Trata-se de uma compilação de retratos e paisagens, da sua coleção de fotografias tiradas ao longo de 10 anos, desde que foi exilado. Cruzando a pornografia e a moda, a cultura pop e o kink marginal, Lost Boys é poético e, as vezes, uma louca viagem no mundo da obsessão e do fetiche. Putos de rua, wrestlers, cadetes do exército russo, skinheads alemãs e football hooligans estão entre os temas destes chocantes, e ao mesmo tempo íntimos, retratos."
"Yaroslav Slava Mogutin, nasceu no dia 12 de Abril de 1974, na cidade industrial de Kemorovo, Sibéria - antiga União Soviética. Na adolescência, Slava foi viver para Moscow, onde iniciou sua carreira como jornalista aos 18 anos de idade. Aos 21 já era bastante conhecido pelos seus textos controversos e poesia subversiva. Começou a ser perseguido e ameaçado de morte pelas coisas que escrevia e principalmente pela sua orientação sexual, considerada como crime. Foi vítima de uma campanha homofóbica contra ele, na mídia conservadora, manipulada pelo gabinete de censura do presidente Boris Yeltsin. Veio a ser a primeira personalidade gay na mídia russa.
Procurado e interrogado pela KGB, foi proibido de possuir passaporte e abandonar a Rússia. Foi acusado de atentado ao pudor, desprezo as normas gerais da moral; desordem social, nacional e religiosa; propaganda de violência brutal, patologia psíquica e perversão sexual. Foi alvo de 3 processos criminais, com uma possível sentença de prisão mínima de 7 anos. Seu julgamento final foi transmitido na TV pública russa.
Viu-se forçado a sair do país. Em 1995, vai para Nova York a convite da Universidade de Columbia, pedindo asilo político aos E.U.A., apoiado pela Amnistia Internacional e PEN American. Tornou-se o primeiro russo a libertar-se da perseguição por orientação sexual.
Os livros com as obras de Slava começaram a aparecer e, rapidamente, se esgotaram. Mogutin escreveu ao todo 7 livros. Ganhou o Andrei Belyi Prize, um dos mais prestigiados prémios de literatura na Rússia. Seus poemas, obras de ficção, reportagens e entrevistas apareceram em inúmeras publicações e antologias em diversos idiomas, como inglês, alemão, italiano, polaco, japonês e outros.
Depois de 5 anos de exílio, Slava regressou a Rússia em Maio de 2000 e foi esmagado pela atenção dos media, seguidores de culto literário e antigas ameaças de morte.
Slava Mogutin começa a fotografar com câmaras descartáveis, inspirando-se em cenas do seu quotidiano (viagens, relacionamentos, encontros.), pouco tempo depois de emigrar, como forma de ilustrar o que escrevia quando adolescente. Em 2004, a Galeria Luís Serpa, em Lisboa, exibiu algumas obras de Mogutin. E a assinar editoriais e projetos artísticos em diversas publicações, incluindo Visionaire, i-D, BlackBook, Préf, Vogue Russia, Flaunt, The Face, Attitude, Índex, Neo2, Purple Sexe, Time Out, V, ButMag, Playgirl, Tétu and Stern.
Também em 1999 começa a trabalhar como ator pornô, no filme Skin Flick, de Bruce LaBruce. Em 2004 participa no filme independente de Laura Colella, Stay Until Tomorrow.
Seu trabalho fotográfico começou com umas fotos fetichistas para a revista pornô Honcho. Tema base: Leather, uniformes e roupa de esporte.
Ele não gosta de usar modelos profissionais, pois acha essencial ter uma relação pessoal, de modo a obter bons retratos, com uma história, um carácter, emoções e movimentos reais.
Suas fotografias nunca são tiradas em estúdio. São sempre momentos reais, em cenários reais, e quase sempre com câmaras instantâneas e descartáveis. Nada encenado ou forçado. Mesmo quando fotografa para revistas, prefere trabalhar sem produtores, cabeleireiros ou maquilhadores. “São sessões divertidas, tendo a câmera como peça do jogo, mas não a parte principal. “
Sentem-se algumas ligações entre Slava Mogutin e fotógrafos como Nan Goldin, Wolfgang Tillmans – a forma de expôr as imagens, sem molduras, apenas fotos coladas em composições geométricas – e Terry Richardson – ao tentar forçar os limites da moda, o erotismo e a pornografia, acabando por levar material hardcore em revistas mainstream.
Em 2006, lança a sua primeira monografia titulada Lost Boys. Trata-se de uma compilação de retratos e paisagens, da sua coleção de fotografias tiradas ao longo de 10 anos, desde que foi exilado. Cruzando a pornografia e a moda, a cultura pop e o kink marginal, Lost Boys é poético e, as vezes, uma louca viagem no mundo da obsessão e do fetiche. Putos de rua, wrestlers, cadetes do exército russo, skinheads alemãs e football hooligans estão entre os temas destes chocantes, e ao mesmo tempo íntimos, retratos."
Bom era isso, só digo que agora passei a amar Slava mais que o livro e que o blog dele é muito bom!
Site: http://www.slavamogutin.com
Blog: http://slavamogutin.blogspot.com
Amo Lost Boys e amo mais ainda meu ídolo Slava ♥
ResponderExcluirpaulista >> conjunto nacional >> livraria cultura >> lost boys bjos
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